Nathália Parisoto curte “momento especial” no Grand Prix de Zagreb

Aos 25 anos de idade – e 22 de convivência no tatame – Nathália Parisoto irá encarar no próximo fim de semana um dos maiores desafios de sua carreira: o Grand Prix de Zagreb. A atleta do GN União é uma das seis convocadas do judô gaúcho para integrar a Seleção Brasileira no evento.
Trata-se de um evento especial para ela. É a primeira vez que ela lutará na Europa como judoca da Seleção Brasileira sênior. Isso dois anos após ser sparring de Mayra Aguiar nos Jogos Olímpicos do Rio. De lá para cá, foi campeã brasileira sênior e mudou de casa duas vezes, até chegar ao GN União, clube que defende desde o início de 2017.
Antes do embarque para Zagreb, Nathália respondeu algumas perguntas, analisando sua evolução no judô e projetando o Grand Prix de Zagreb. Independente do resultado, para ela, ver seu nome ao lado das principais atletas de sua categoria no mundo já será motivo de orgulho: “É um momento muito especial”.
Entrevista completa:
Como tu avalias teu primeiro ano integrando o grupo da Seleção sênior e qual tua expectativa para o Grand Prix de Zagreb?
É o meu primeiro ano integrando a Seleção Brasileira. Estou como novata e é minha primeira competição representando o Brasil. Estou bem ansiosa e uma expectativa muito alta para este ano e o Grand Prix de Zagreb. É uma competição muito forte, com as 10 primeiras do ranking mundial inscritas, fora outras. Então, acredito que sou uma desconhecida e vou chegar como elemento surpresa. Estou treinando muito e espero conseguir ter um bom desempenho nesta competição.
Dois anos atrás, tu atuaste como sparring da Mayra para o Rio-2016. Agora está ao lado dela numa chave no circuito internacional. É hora de se inspirar nela?
Dois anos atrás eu era sparring da Mayra na preparação para a Olimpíada. Agora estou do lado não só dela, mas de diversas pessoas que competiram as Olimpíadas e medalharam. Isso é uma coisa muito gratificante, é um momento muito especial para mim para ver onde eu cheguei. É só o início e é uma inspiração não somente da Mayra, mas como de todas as outras que vão estar ali. É um combustível a mais ver medalhistas mundiais e olímpicas com seus nomes ao lado do meu. É um momento muito especial.
Desta experiência como sparring, o que tu adaptaste ao teu judô? Qual a tua característica que tu consideras mais forte?
Minha experiência como sparring foi um dos melhores momentos da minha carreira como atleta. Tu estar ao lado de uma atleta olímpica, em uma Seleção Brasileira que vai para as Olimpíadas, tu se sente parte desta equipe também. Foi uma experiência muito legal, uma oportunidade única, onde eu tentei trazer para mim as melhores coisas possíveis. Ver como é uma preparação de um atleta olímpico, o quanto ele tem que se doar e o quão forte ele tem que ser fisicamente e psicologicamente, além de ter que ser inteligente, saber descansar e treinar bem. Foi como um caminho que eu tinha que trilhar. Abriu muito a minha cabeça para ver toda essa questão de envolvimento de um atleta com o esporte. Quanto a minha característica, acredito que meus golpes de quadril é a minha característica mais forte.
Neste ano, tu lutaste no Open de Lima, onde as coisas não deram certo, e agora vais para o segundo torneio internacional. O que tem para melhorar pra Zagreb?
Lima foi uma competição que entrou no planejamento de última hora. Foi como um teste para eventos internacionais. Eu não tenho essa vivência de competições internacionais e eu queria ter. Foi definido junto com os técnicos do meu clube. As coisas não deram certo, mas de tudo a gente sempre tira algo positivo. Pós competição eu fiz todo um feedback com meu técnico e psicóloga. Foi tudo ajeitado. Acredito que é uma página virada. Não deu certo, mas serviu como lição. Agora vou com tudo para este GP de Zagreb.
No RS, o GN União vem acumulando resultados cada vez mais relevantes em nível nacional e internacional. Como é a rotina de treinos no clube?
O GN União é um clube que me fez reviver no judô. É um clube que me abriu as portas, me acolheu de maneira como eu nem imaginava. É um clube muito família. Temos um acompanhamento muito especial por todas as partes. Desde o moço da portaria, como a pessoa que limpa, até técnicos, fisioterapeutas, nutricionistas, preparadorse físicos. A gente tem uma grande união na equipe, acho que isso é o diferencial do clube e o que vem fazendo ele crescer tanto. O clube bem de uma ascensão, com um nível técnico muito bom, uma equipe muito legal de se treinar, bem variada e nova também. Além de técnicos que têm muita vontade de crescer. Não só eles como os atletas também. Acho que isso vem fazendo a diferença. A rotina do clube é: treinos de segunda a sexta e em alguns sábados também. Se faz também a parte física. E também mais uma parte técnica-tática três vezes na semana, além de uma parte de jiu-jitsu. É uma rotina de treinos bem grande.

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